De passagem pela cidade, a trabalho, Miguel (cineasta, classe média e homossexual) resolve divertir-se em um bar. Lá ele encontra Alano (boêmio, de origem humilde e drogadicto), que nunca descobriu ocupação na vida e com o tempo percebeu que poderia tirar proveito de sua aparência para ganhar dinheiro, envolvendo-se com drogas e, consequentemente, com a prostituição. Deste encontro emergem desejos e frustrações, pois a busca de Alano por prazer contrapõe-se à procura de Miguel por companhia. Dentro deste contexto ALANO surge como uma história de desencontros. Os personagens metaforizam os contrastes sociais que paradoxalmente unem-se nas possibilidades que a noite oferece. Na narrativa, o desejo assume o papel central para realçar as desigualdades e suas inevitáveis consequências, como a solidão, tema que também aparece com imensa força.