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Últimas opiniões enviadas

  • Diego Ferreira

    Um filme de ficção científica, mas acima de tudo uma espécie de thriller psicológico, com um universo a portas fechadas bem controlado e construído. Apreciei bastante o tema, e da leitura que dele se faz, ou pelo menos que penso que é transcrita. O fato do acesso à propriedade fazer parte de um contrato social e do objetivo absoluto de atingir na vida familiar, incluindo a dívida para concretizar esse sonho, rodeado de uma denúncia de uma certa uniformidade dos pavilhões dos subúrbios, tudo parece igual, sem qualquer personalidade própria.
    "Vivarium" pinta um retrato de um mundo repleto de consumismo e do sistema capitalista. O cartão com a frase deixada pelo promotor é claro “Crie esta criança e você será livre.”, ao passo que é o contrário que impõe o sistema moderno, onde criar um filho requer tempo, energia e uma participação obrigatória e vital na sociedade de consumo, onde o tempo dedicado à educação de uma criança não é aquele dedicado à crítica de um sistema profundamente enraizado e que parece natural aos olhos de todos. A criança representa este sistema. O efeito do mimetismo, da duplicação, da raiva assim que deixamos de cuidar dele, e do seu pai, representaria então o Estado que controla este sistema, e que parece inacessível, por vezes invisível.
    O universo é, portanto, colocado de forma inteligente e, como um episódio de Black Mirror, através do prisma do que a sociedade espera de nós, é na realidade uma demonstração do absurdo da sociedade.
    O cenário de portas fechadas é bem pensado e extremamente visual, inspirado na obra “O Império das Luzes” de Magritte.
    E são também os efeitos especiais que criam a atmosfera indutora de ansiedade. Originalmente seriam construídas 12 casas em estúdio, mas o orçamento não permitiu, decidiram construir apenas 3, com 3 jardins e parte da estrada que percorrem, a obra consistiu então na duplicação digital dos diferentes elementos em Pintura 3D e 2D da forma de criar o ambiente de um verdadeiro conjunto habitacional sem saída.
    O elenco é muito bom e convincente, principalmente "Martin" que inspira verdadeira ansiedade só de vê-lo. E a dupla Jesse Eisenberg/Imogen Poots funciona muito bem. Fica quase impossível não se imergir nesse biotério para tentar descobrir o que se passa por lá.
    Ainda estou um pouco inseguro sobre o meu final, houve espaço para encontrar um desfecho mais impactante e original eu acho. Esperava uma conclusão que levasse a um mito e a uma explicação mais ampla e surpreendente. Mas continua sendo um filme intrigante, principalmente pela dupla leitura do assunto.
    Ao mesmo tempo, "Vivarium" irá, claro, brincar com o seu mistério e fazê-lo muito bem, expandindo constantemente a estranheza deste mundo através de reviravoltas muito bem distribuídas ao longo da sua duração. Se, tendo em conta o seu prólogo e alguns acontecimentos ao longo do caminho, o objetivo global desta história nestas linhas gerais não pode realmente criar uma surpresa (os últimos minutos serão bastante previsíveis neste sentido), é claramente no seu desenrolar que o o filme será o que mais impressionará, por nunca se repetir, por manusear a arte da elipse no momento certo para abrir novas portas e, acima de tudo, por conseguir sempre manter o olhar fascinado por este mundo e pelos seus fenómenos extraordinários. Em “Vivarium”, tudo parece poder acontecer a qualquer momento e esta é uma das suas maiores qualidades, até porque este “tudo” até vai acontecer com frequência.
    Em suma, o filme de Lorcan Finnegan consegue a proeza de manter a sua estranha premissa por mais de 1h30.

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  • Diego Ferreira

    Fazer uma prequela de “O Enigma de Outro Mundo” é uma boa ideia para mim porque sempre me perguntei o que aconteceu na lendária estação norueguesa na Antártica. Isto também permite que os jovens se interessem pela obra original.
    A Coisa, versão 2011, é um filme que possui outras qualidades além do filme de Carpenter. Embora repita um pouco demais seus mecanismos e certas situações, uma lufada de ar fresco soprará sobre o mito e o final trará até seu toque de originalidade. Menos sangrento, porém mais rítmico, o conjunto permanece eficaz e o suspense é onipresente. Curiosamente, os efeitos especiais, demasiado digitais, terão dificuldade em sobreviver ao tempo aqui.
    Abordar uma prequela do filme cult de John Carpenter (1982), em si um remake do filme de Howard Hawks e Christian Nyby "A Ameaça" (1951), foi uma tarefa bastante arriscada, pois a obra-prima de Carpenter parece intransponível. O roteiro baseado no livro "Who Goes There?" de John W. Campbell deixou a iniciativa para esta prequela porque a expedição liderada por R.J. MacReady (Kurt Russell) tomou o lugar de uma equipe norueguesa dizimada pela coisa vinda do espaço.
    É portanto a história destes cientistas noruegueses que nos conta Matthjis Van Heijningen Jr, o realizador holandês. A partir dessa variante, Van Heijningen rapidamente segue os passos de Carpenter para abordar quais foram os dois grandes atrativos do filme: o alienígena e a paranóia que ele instila na equipe por meio de sua capacidade de assumir instantaneamente a aparência de suas vítimas. Deste ponto de vista, sem muita originalidade o filme consegue ser eficaz respeitando todos os preceitos do grande Carpenter, mas deste ângulo, o original continua naturalmente superior. Surge então a questão do interesse deste remake que não significa o seu nome. É claro que Kurt Russell não está mais lá, mas foi substituído pela jovem e charmosa Mary Elizabeth Winstead, que mostra aqui com razão que uma mulher pode perfeitamente assumir a liderança na luta contra um monstro solto. Aqui Van Heijningen presta homenagem a Sigourney Weaver, a heroína recorrente da saga Alien, muitas vezes comparada à obra-prima única de Carpenter. A Coisa é certamente feroz, mas muitas vezes se vê forçado a matar pela curiosidade doentia do homem, enquanto procura apenas reunir-se ao seu próprio povo. Os filmes de terror desde “King Kong” de 1933, nunca deixaram de denunciar esta loucura incontrolável que leva os cientistas a desafiar as leis da natureza, correndo o risco de colocar em risco a própria sobrevivência da humanidade. Um vasto debate que, se conseguiu fazer sorrir as pessoas nos anos 30 ou 50, começa a adquirir todo o seu significado no início do século XXI.
    Este filme despretensioso, mas sem qualquer sentido de humor, consegue cativar do início ao fim sem qualquer tédio ou paragem.

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  • Diego Ferreira

    Você já viu um filme de ficção científica que é um OVNI? Isso pode parecer fácil, porém, diante das produções atuais, é inesperado e muito ousado.
    Este filme é uma joia única no extremo oposto dos sucessos de bilheteria do gênero. Aqui não há violência, nem efeitos especiais em cada cena e nem estupidez angustiante.
    Se o filme presta uma bela homenagem a Kubrick com combinações e um monólito próximos aos de 2001 - Uma Odisseia no Espaço, consegue sobretudo criar um universo visual único, oscilando entre um presente em cores geladas e flashbacks em cores quentes.
    A importância e a beleza da linguagem, base da comunicação oral, mas também escrita, é o ponto central do filme. Amy Adams, no papel de uma linguista, carrega soberbamente o filme nos ombros frágeis, porque aqui se trata de uma questão de delicadeza e humanidade.
    Longe de todos os clichês habituais, é de forma original que descobrimos a representação dos alienígenas bem como a forma de abordá-los. O filme é suave, poético e ainda assim contrastado por uma tensão palpável do início ao fim.
    O tempo é representado por inúmeras caixas temporais que se encaixam perfeitamente, o espectador nunca está realmente perdido, mas perde os seus pontos de referência habituais.
    Muitos elementos do filme são sugeridos, o que deixa espaço para a fantasia e reforça o lado místico do filme. Este filme é claramente muito psicológico porque brinca com os nossos pontos de referência através da visão de sua personagem principal. Também nós temos a impressão de vislumbrar uma concepção de mundo diferente, mas incompatível com aquela que conhecemos.
    Este filme nos faz fazer muitas perguntas! Porém, não me sinto frustrado por não ter tido essas respostas. A parte desconhecida do filme não é uma deficiência da história, mas faz parte de um todo. É preciso libertar-se de algumas regras para apreciar este filme, é preciso aceitar não poder saber tudo, não poder compreender tudo e aceitar a falta de realismo mesmo às vezes.
    Tantos símbolos, tanto poder, trazidos para a tela de forma simples e talentosa.
    Em última análise, o filme transmite mensagens importantes sobre o tempo (vamos aproveitar o momento presente), sobre as nossas relações com os outros, e sobre a forma como a nossa linguagem nos influencia, mas acima de tudo, o filme dá-nos um aviso que devemos realmente ouvir: são necessários infortúnios para finalmente unir os terráqueos que não têm uma língua comum.

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  • Edkalume
    Edkalume

    Tudo certo Diego?
    Escrevendo pra saber se você teria interesse de participar de um grupo de whatsapp sobre cinema.
    Se sim, me dá um toque e a gente conversa.

  • Olympia
    Olympia

    Hey Look my HOT photo and video My exclusive content here https://v.ht/75646473

  • Alan Guimarães
    Alan Guimarães

    Olá, Diego, obrigado pela curtida da minha lista de História Geral e espero que tenha gostado, mas tem também as minhas listas complementares de filmes sobre História do Brasil e também do Oriente Médio, espero que você goste também. Abraços.

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