Últimas opiniões enviadas
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Reduzir o filme ao retrato de um "stalker" ou outro termo reducionista que vi aqui usarem como sendo sua "tradução" é de um desserviço escandaloso ao cinema. "Não Amarás" é um conto delicado de ilusões desfeitas, aprendizados dolorosos e transformações necessárias, todos vivenciados por dois protagonistas imperfeitos como todos nós, inclusive os que reduziram o filme a termos superficiais. É uma obra sublime em todos os seus aspectos, seja direção, trilha, argumento, atuações. Kieslowski era um "monstro" do cinema que se cercava de colaboradores tão inspirados em suas especialidades quanto ele o era. Pequeno filme (como o próprio título já sugere) que magistralmente desperta reflexões e sentimentos profundos através de uma simplicidade acachapante.
Nada do Kieslowski merece menos que 4 estrelas (e eu dou sempre cinco, pois há coisa de 30 anos atrás esse foi o que cara me mostrou o que é cinema de verdade com A Liberdade é Azul, e foi ali que tudo mudou pra mim).
Últimos recados
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Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
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Gabriel Oliveira
Parabéns pelo blog, sempre com conteúdo de qualidade.
Estão presentes em Happy End todos os temas que são caros a Michael Haneke e que serviram de força motriz para diversas das suas obras anteriores: a crítica social, os eternos conflitos de famílias da burguesia, as idiossincrasias sexuais, o dilema existencial humano. No entanto, neste filme estas questões são apresentadas em tramas bem menos fascinantes e vivenciadas por personagens muito menos intrigantes, resultando em longa-metragem que carece bastante do efeito impactante que o cineasta conseguiu imprimir em seus filmes anteriores. Ainda é um bom filme, porém sem qualquer traço do tradicional incômodo residual "hanekiano" ao subir dos créditos - o que faz deste, provavelmente, o seu filme mais acessível.