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A cada dia, a morte do operário Júlio César de Melo Pinto, se torna mais atual. Há 33 anos, um homem preto e favelado, foi assassinado pela brigada da Polícia Militar gaúcha, sem ter cometido um crime ou apresentado "resistência" à sua detenção.
Júlio César estava junto a uma aglomeração de pessoas, observavam um assalto a um supermercado na região metropolitana do RS. Policiais militares estavam tomando controle da situação, utilizando força bruta, procuravam abater os assaltantes. Júlio César, agitado pela confusão, teve uma crise epilética. Caiu e bateu de boca no chão. Foi capturado pela polícia. Ao chegar no hospital, seu corpo estava frio: havia levado dois tiros no abdômen.
O crime cometido pelos policiais foi registrado pelo fotógrafo Ronaldo Bernardi, do jornal Zero Hora, ferramenta fundamental para elevar o jovem preto de 27 anos de criminoso à vítima.
Os oficiais na operação foram condenados em primeira instância mas, após recorrerem, não cumpriram suas penas. A família de Júlio César nunca foi "compensada" pelo Estado.
Quando um pobre morre com tiro de policial, são três vítimas: o pobre que levou o tiro, o policial pobre de baixa patente que deu o tiro e a família do morto.
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Lucas
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Distanasia
Passa seu email. Vou colocar o arquivo no google drive e passar o link pra download.
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Distanasia
Olá. Consegui em um tracker privado. O arquivo foi gerado a partir de um VHS disponível em uma biblioteca de uma universidade. Você está atrás do filme para alguma pesquisa?
O que achei particularmente interessante nesse filme é que é um filme sobre um personagem LGBTQI+ mas é autoconsciente ao ponto de não se definir desta forma. Em um país profundamente desigual como o Brasil, é ainda mais importante falar sobre essa vivência sob a ótica da maioria de quem a compõe: a classe trabalhadora. Historicamente, a comunidade LGBTQI+ é composta massivamente por indivíduos marginalizados. Neste caso, incorporado por Christian Malheiros, jovem ator que participara do projeto Oficinas Querô, do Instituto Querô, uma ONG que atua para transformar a realidade de jovens de baixa renda através do áudio visual. Filme fundamental para ampliar o debate sobre a comunidade LGBTQI+ brasileira: periférica, pentecostal e preta.