Últimas opiniões enviadas
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Rob Lowe diverte-se (e diverte-nos) como anfitrião, as explicações e ilustrações através de cenas de filmes são ótimas e o ritmo rápido e a curta duração do filme providenciam uma diversão viável e desinteressada. Porém, se avaliarmos com mais rigor o que é exposto neste filme, percebemos que a exposição destes clichês servem para que eles sejam ainda mais utilizados, tal qual evidenciado no depoimento providencial de Florence Pugh, sobre algo levado a cabo por Greta Gerwig em ADORÁVEIS MULHERES. Hollywood é muito sagaz ao converter a si mesma em assunto, bem como em inserir as novas pautas às suas justificativas enredísticas, de modo que alguns trechos da argumentação soam forçados, como o que diz respeito aos vilões com deformações físicas, por exemplo, onde há uma conveniente inversão entre causas e efeitos. Não se levando muito a sério o que é exemplificado, funciona. Afinal, PÃNICO já fez piada com tudo isso, de maneira inteligente e metaficcional: em sua elaboração minuciosa, este filme é muito mais efetivo, enquanto discurso, que este documentário (risos). - WPC>
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Desde que vi o anúncio deste filme, tive imediata curiosidade em conferi-lo, por causa de suas cores exuberantes e da personalidade marcante da protagonista real. Rosalind Russell faz jus às nossas expectativas, numa interpretação célere, apaixonante, encantadora a cada instante... Porém, convenhamos, é muito fácil ser "excêntrica" (e socialmente aceitável, por conta disso) quando se tem muito dinheiro. De modo que as contradições classistas do filme nem sempre se sustentam. Quando o Crack de 1929 é tematizado pelo roteiro, e a protagonista tenta trabalhar, ganha ainda mais a nossa simpatia, não obstante as situações empregatícias pouco verossímeis (risos). É um filme com muitas concessões - intradiegéticas, sobretudo - ao oportunismo, mas que finaliza muito bem: a seqüência de deslegitimação matrimonial aburguesada (e desintelectualizada), próxima ao desfecho, é ótima, inclusive por infringir de maneira acachapante uma regra básica do Código Hays: exibe uma mulher ostensivamente grávida. Eu e minha mãe sorrimos, de modo que a longa duração não chega a ser um problema. Em revisões, intuo que os problemas iniciais deixarão de incomodar tanto: o diretor é mui exitoso na translação de recursos teatrais para a montagem do filme (os escurecimentos graduais de tela, corresponde às saídas de cena, por exemplo). Fofinho, o auê de bilheteria é completamente justificado! (WPC>)
Últimos recados
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Pedro Brasa
Olá, Wesley.
Acho que já falei isso pra você, mas praticamente um terço das informações que busco na hora de decidir que filme ver são suas resenhas e comentários aqui no Filmow. Por isso, agora decidi curtir todos os comentários que eu já vi e que eu vir daqui pra frente.
Abraços calorosos.
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Bruno Silvestre Silva de Souza
Caro amigo Wesley PC, mais uma vez você nos brindou com uma crítica de uma análise fílmica, que nos sempre deixa entusiasmados a ir às telonas. Quem poderia imaginar que um filme brasileiro no gênero thriller psicológico estralado pro Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini poderia ser uma grata surpresa? No mesmo dia assisti A Primeira Profecia (2024) que explica a origem de Damien do clássico A Primeira Profecia (1976), por esse mês de abril de 2024 já esgotei minha dose de suspense/terror mensal de forma brilhante.
Do meio para o final, não cria que fosse gostar, visto que o roteiro realmente forçava a barra para justificar a constância do protagonista em meio àquelas freiras tão carentes quanto exigentes. Mas o elogio à lógica do mutirão foi belíssimo e bem executado. Sidney Poitier está mui desenvolto e as atrizes que interpretam as religiosas germânicas aderem funcionalmente à caricatura. A trilha musical de Jerry Goldsmith é ótima, ficou muito tempo em minha mente, após a sessão. A fotografia valoriza a beleza árida daquela região desértica. Minha mãe é obcecada pelo oscarizado astro, de modo que vi com ela e por ela. Foi uma sessão bacana! (WPC>)