José Renato Maciel Wanderley

Quinta vez que assisto Casablanca, este clássico tão comentado entre cinéfilos e até por quem não entende muito de cinema...Nesta minha nova experiência de rever o filme procurei pontuar os questionamentos do porque Casablanca ser tratado como clássico "absoluto"... ''queridinho do Oscar'' etc...Muitos recordam o final que é uma grande surpresa para todos espectadores, mas o roteiro muito bem feito, autoexplicativo no começo; denso e romântico no meio e extremamente consciente e quase inacreditável no fim... Humphrey Bogart interpretando Rick Blaine; esbanjando charme e masculinidade até nos momentos de tristeza, Ingrid Bergman linda em cada tomada, o ganhador do Oscar Claude Rains; roubando as cenas sempre que aparece, além das frases de efeito inesquecíveis; "Nós sempre teremos Paris", "Toque mais uma vez Sam", "Beije-me, beije-me, como se fosse a última vez", etc... isso tudo faz de Casablanca um dos filmes mais inesquecíveis da história do cinema.

Revi este ''épico jovem clássico'' da minha pré-adolescência. Gladiador é um ''filmaço!'' Com o belo design de produção; recriando uma Roma num CGI quase imperceptível, um elenco destacante; Richard Harris, Russell Crowe, Joaquin Phoenix, Oliver Reed (que morreu ainda durante a produção da obra) etc...e três atos epicamente perfeitos. Minha única critica para este filme, é a ''tenra ambiguidade'' da personagem Lucilla de Connie Nielsen, demora demais para sabermos em qual dos lados (bem ou mal) ela está.

Western bem mediano como outros que já assisti com o ator Randolph Scoot. A trama aparentemente é muito interessante, mas na prática a narrativa fica monótona e repetitiva. Os comanches não tiveram a atenção devida aqui como "eternos" vilões do faroeste. É um filme que tem como influência Rastros de Ódio (The Seachers, 1956.) Mas que está anos-luz atrás do clássico de John Wayne.