Últimas opiniões enviadas
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Sou psiquiatra e me aventuro a fazer análises psicológicas de filmes. Este é um trecho de minha análise sobre este filme: (lembrando que às vezes há spoiler)
..."Antes de tudo e, de forma inquestionável para todos nós, a natureza é mãe. Tanto é assim que reconhecemos com facilidade a expressão “mãe natureza”. E é ela a escolha que McCandless faz para si na intenção de se desligar da família e dos moldes sociais vigentes, num movimento de busca de sua própria identidade. No entanto, é interessante notar que o protagonista escolhe para esse fim, a natureza, importante símbolo materno. Poderíamos supor que um movimento, obviamente inconsciente, regressivo ou de retorno ao calor do ninho da infância, estaria inserido nessa escolha. Claramente notamos que McCandless passa por uma importante fase de transição e conflito"...
Se interessar, a análise completa desse e outros filmes pode ser encontrada na página do face chamada "psiquecinema"
Espero que goste!
Abraço
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Sou psiquiatra e me aventuro a fazer análises psicológicas de filmes. Este é um trecho de minha análise sobre este filme: (lembrando que às vezes há spoiler)
..."Sabemos que a sociedade em geral desaprova a expressão de algumas emoções, como por exemplo, a raiva. Isso leva algumas pessoas a reprimirem e evitarem demonstrar tal emoção, muitas vezes passando a ter pouco acesso à ela e chegar ao extremo de negar sua existência e experiência. Tais indivíduos geralmente são passivos e às vezes excessivamente tolerantes. A repressão de uma emoção não a extingue e, nas palavras de Jung, “tudo que resiste, persiste”. Desta forma, a raiva se acumula no inconsciente e gera tensão, numa tentativa de poder se expressar. Torna-se grande o risco do indivíduo subitamente passar ao polo da agressividade e transformar em palavras ou atos, os elementos da sombra que estavam reprimidos.
Segundo Jung, “A sombra apresenta-se muitas vezes como um ato impulsivo ou inadvertido. Antes de se ter tempo para pensar, irrompe a observação maldosa, comete-se a má ação, a decisão errada é tomada, e confrontamo-nos com uma situação que não tencionávamos criar conscientemente...”Se interessar, a análise completa desse e outros filmes pode ser encontrada na página do face chamada "psiquecinema"
Espero que goste!
Abraço
Últimos recados
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Jessica
Olá, Simone! Poxa, sumiu. Não pretende mais escrever no blog? É perfeito, sinto a falta das suas brilhantes análises! Abraços!
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Ana Carolina
oi, simone! conheci sua plataforma, psique cinema, e queria agradecer muito pelo aprendizado imenso com suas análises. obrigada por nos disponibilizar tanta riqueza de reflexões e conteúdo
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Julie
Obrigada por ter aceitado o convite, o enviei com a intenção de ler tuas análises, convenhamos, são bem relevantes para quem cursa psicologia.
Um escrito poético que penso combinar com o filme:
“Não tema seus tempos de deserto a questionar suas forças, concentrar suas dores e, muitas vezes, esmorecer suas cores.
O deserto escancara sua fraqueza, dissolve seus limites e te põe nu. Até que se queimem, em calor escaldante, suas incoerências. E resfriem, em noites geladas, suas verdades mais ricas, até então, por você, ignoradas”.
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