Daniel Reck

Que saudade que estava da megalomania dos anos 90. Perseguições de carros, trilha sonora tensa contínua, Jeff Bridges...Curioso como os americanos se preocupavam tanto com terrorismo caseiro nessa época, sendo que dois anos depois os parâmetros iriam se modificar completamente. Esse filme representa com méritos boom dos plot twists do final dos anos 90, sendo lançado quase simultaneamente com Clube da Luta e o Sexto Sentido.

Drama bem intenso, sério, bem dirigido. Trata de temas como perda, baixa auto estima e transferência com sobriedade, num clima bem escandinavo de enfrentamento aos problemas.

É uma série densa, como a maioria das similares coreanas, mas demora para engrenar. Por alguns momentos a tentação de abandonar de vez se aproxima, mas a confiança na capacidade dramática do país me fez seguir adiante, e valeu a pena. A partir da entrada do personagem Song Chon, interpretado de forma visceral, na metade da série, a trama ganha musculatura, e se encaminha para um final robusto, consistente, convincente, digno da tradição coreana de ótimas séries.