ILTON GODOY

Fred em mais uma de suas aulas de cinema.
Nesse capítulo (filme) vemos como a edição pode prender a atenção até o fim.
E, como saber o peso histórico de certo ato e como o uso dramático dele traz o molho tão especial pra aquecer o roteiro e joga-lo ainda mais pra cima, tornando algo tão bom numa obra essencial e atemporal. O tema fica preso na data, mas a aula de cinema essa segue até o infinito pra se ver e rever sempre que puder.

O melhor Zeffirelli é o seu melhor porque não parece ter sido feito por ele.
Aqui o doce exagerado do drama recebe doses exatas de lirismo e ecoam momentos divinos do Neo Realismo que os seus geniais contemporâneos criam pro êxtase dos amantes do cinema em escala mundial. Sempre que posso revejo por sua mensagem, pelo seu visual e sua contestação sobre a vida moderna que com o passar dos anos parece só piorar nas suas mesquinharias. Se o personagem principal vivesse hoje em dia seria queimado em praça publica em nome de algum deus (assim mesmo escrito) que adora o poder e o dinheiro.

Gracioso, envolvente, pefeito pra quem ama bicho;
Rouba a cena : o coelho histriônico Snowball e seus exageros insanos.
A gama de bichos, as situações malucas e o clima 'pode tudo' tomam a atenção até o final.
Quem não ama bicho, certamente não é uma boa pessoa.