Lenna M.

No momento que o Rei Dragão cravou, pela terceira vez, uma lâmina no coração da Yan Hui. Acho que eu teria ficado mais satisfeita se ele tivesse passado a lâmina no próprio
pescoço. Acho que nem se eu tivesse vivido 3 vidas eu teria perdoado ele. Não gostei do método "esfaqueie primeiro, pergunte depois". Aí alguém pode falar... Ah, mas ele teve os motivos dele... Então, querendo ou não, a Su Ying também teve os motivos dela e ninguém foi lá perguntar se o dragão queria perdoar ela por ter cravado uma lâmina no coração dele. Mesmo depois que ele tenta se redimir, eu não consegui me livrar do ranço. Talvez o ator não tenha ajudado. Não há que se negar que ele é lindo, mas acho que há um caminho a percorrer no quesito atuação. Tian Yao foi um personagem que não passava nenhuma emoção. Triste, alegre, sofrendo, o personagem vivia sempre com a mesma expressão na cara

Só que também não posso deixar de dizer que em alguns momentos ela me irritou. Xue Ning sabia da personalidade do Xie Wei, sabia sobre os sentimentos dele e ainda assim às vezes parecia que ela usava isso apenas para benefício próprio. Quando precisava de ajuda, pegava o que o Xie Wei oferecia e quando conseguia o que queria virava as costas e ia embora.

Em que momento ele "mostrou a cara" para salvar ou proteger a Xue Ning? No fim, foi mostrado que até a honestidade do Zhang Zhe foi usada como arma.

Uma coisa que achei interessante é que, quando a Xue Ning ganhou uma segunda chance e voltou ao passado, ela tentou mudar o destino de algumas pessoas, mas o destino que ela temia que acontecesse com um certo alguém, acabava acontecendo com outra pessoa. Ficou parecendo que os roteiristas quiseram mostrar que podemos mudar a forma como as coisas acontecem, mas não podemos impedi-las de acontecer.

As mulheres se uniram, se apoiaram e lutaram pela mesma causa. Gostei disso. Geralmente, quando assisto dramas envolvendo concubinas, há sempre uma que quer se sobressair e para isso usam artimanhas e trapaças.

Hua Zhi não sabia se salvava a própria família ou se salvava o mundo. Qualquer um saberia, ainda mais uma mulher jovem, solteira, vivendo naquela época, que tentar as duas coisas seria praticamente impossível.
Por isso que, revirei meus olhos quando a Hua Zhi colocou sua família em risco e até perdeu tudo o que havia conquistado, apenas porque quis se meter em assuntos que nada tinham a ver com ela e nem com a família dela. Parece que as roteiristas quiseram muito deixar em evidência o quanto a Hua Zhi era honesta, corajosa e justiceira, mas acho que em alguns momentos todas essas qualidades excederam o limite do bom censo. Outro exemplo que posso citar sobre a Hua Zhi, em certos momentos a frieza dela me causou estranheza. Não acho que isso foi culpa da atriz, mas é o que exigiram da personagem. Como quando ela descobriu que o Yan Xi era o comandante do departamento de segurança. Querendo ou não, foi ele quem pessoalmente prendeu a família dela e invadiu sua casa, então acho que a mágoa e indignação dela poderia ter sido mais evidente.

Eu até entendi quando a Hua Zhi terminou com ele por causa disso. Se o Yan Xi estivesse sendo enganado, eu até entenderia, mas todo mundo odiava o Imperador e queria vê-lo morto. Yan Xi deveria ter percebido de que material aquele homem era feito. Ainda no final, depois de toda a tirania do Imperador, o Yan Xi foi lá salvar a vida dele. Eu o teria deixado morrer sem nenhum pingo de dor na consciência. O pior de tudo é que a Hua Zhi ainda ajudou a salvar a vida do homem desprezível. No fim, ele morreu como um mártir que apenas estava tentando proteger o reino e o povo.

Não entendi exatamente o motivo dos príncipes terem tentado matar o Imperador. Se foi porque ele era ruim ou se foi por causa do trono. Se foi por causa do trono - que é o que eu acredito -, acho que eles foram na contramão da lógica. Se eles cobiçavam o trono, teria sido mais crível se primeiro os príncipes tivessem se atacado primeiro, afinal, quando vejo estórias envolvendo a briga pelo trono, os primeiros a serem eliminados são os possíveis herdeiros. Aquele sentado no lugar de destaque sempre fica por último.

Dois exemplos. Há uma cena onde mostra a médica Shao Yao sentada em uma espécie de sacada na mansão oficial da família Hua . Só que aquela mesma sacada já tinha sido mostrada na casa onde a família morava anteriormente e que tinha sido destruída pelo fogo. Quando a empregada da Hua Zhi vai investigar o comerciante de chá, ela para na frente do portão da casa dele, só que essa mesma casa já tinha sido mostrada quando um cúmplice tinha entrado para se encontrar com o príncipe traidor.