Nesta quarta (20/02), às 19h, acontece no CCBB SP o debate SCORSESE. Participam os críticos de cinema Paulo Santos Lima e Neusa Barbosa, mediação do curador José de Aguiar (com tradução de libras).
A entrada é gratuita com distribuições de senhas uma hora antes.
Um dos maiores e mais influentes cineastas contemporâneos, consagrado com diversos prêmios e homenagens internacionais, com vários filmes em praticamente todas as listas de “melhores de todos os tempos”, cinéfilo apaixonado e um grande incentivador da preservação de filmes, Martin Scorsese finalmente ganha uma retrospectiva no Brasil. Será a primeira vez que o público terá a oportunidade de ver um panorama com os primeiros curtas, documentários, os principais longas-metragens de ficção e ainda um filme para TV. Esta homenagem ao diretor norte-americano, que agrada tanto o grande público, como os cinéfilos e a crítica, ganhou o nome simplesmente de SCORSESE e chega a São Paulo dia 6 de fevereiro no CCBB, com diversas sessões gratuitas. Na capital paulista a mostra também terá exibições no CineSesc (14 a 20 /02). O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura em parceria com o CINESESC.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA
“Martin Scorsese é sem dúvida nenhuma um dos maiores diretores de cinema vivo no mundo. Sempre nos espantou o fato de nunca ter sido realizada nenhuma mostra sobre sua obra no Brasil. A retrospectiva Scorsese é uma forma de quitar esta dívida, exibindo pela primeira vez uma rica seleção de seus filmes. Esperamos com isto revelar ao público brasileiro a grandiosidade deste grande cineasta e cinéfilo que tanto fez e ainda faz pelo cinema mundial”, comentam os curadores José de Aguiar e Marina Pessanha.
Nos anos 70, Martin Scorsese fez amizade com os influentes Brian De Palma, Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven Spielberg. Juntos, transformaram aquele período em uma das décadas mais especiais do cinema americano. Em 1976, Scorsese lança Taxi Driver, considerado um dos melhores filmes da história do cinema, que consolidou a sua parceria com o ator Robert de Niro e ganhou a Palma de Ouro em Cannes.
Conhecido como um diretor de gênero, Scorsese demonstra grande interesse por filmes de máfia. De Os Bons Companheiros até Os Infiltrados, passando por Cassino, é clara a persistência do diretor no tema da violência. O cineasta também é famoso por dispositivos como o uso da câmera lenta, voz em off, travelling e imagem congelada. Assim como outros mestres, é um diretor que virou adjetivo e influencia diversos diretores no mundo inteiro, como Quentin Tarantino e Oliver Stone. Lança praticamente um filme por ano, desde a década de 60, e produz quase todos seus filmes.
Além da sua carreira como cineasta, Scorsese tem sido, por mais de três décadas, um dos maiores apoiadores da preservação de filmes. Ele sempre chama a atenção para a importância da manutenção dos arquivos de filmes e criou, junto com outros cineastas, a The Film Foundation, que restaura filmes em risco de desaparecer.
A mostra SCORSESE contará com um debate (que terá tradução em libras) com os críticos Neusa Barbosa e Paulo Santos Lima e mediação do curador José de Aguiar. A mostra também oferecerá um curso de três dias com Paulo Santos Lima, cujas inscrições podem ser realizadas através do email [email protected]. Os dois eventos são gratuitos. Além disso, quem juntar cinco ingressos de diferentes sessões ganha um catálogo produzido especialmente para a mostra com fotos, fichas técnicas, filmografia, textos críticos inéditos e clássicos de publicações nacionais e estrangeiras.
SCORSESE apresentará também uma sessão inclusiva do filme Touro Indomável (Raging Bull, 1980), com audiodescrição, tradução de libras, legendagem descritiva e entrada gratuita.
Imagem: CCBB São Paulo / Martin Scorsese / Ilha do Medo / Divulgação