Martin Scorsese, diretor de ‘Killers of the Flower Moon’ disse à revista GQ que os grandes estúdios não apoiam mais vozes de autores, pois veem maiores riscos e preferem apoiar filmes com potencial de franquias pois são mais fáceis de comercializar.
“Bem, a indústria acabou”, disse Scorsese à revista GQ. “Em outras palavras, a indústria da qual fiz parte, estamos falando de 50 anos atrás? É como dizer a alguém que fez filmes mudos em 1970: o que você acha que aconteceu?” ele argumentou.
Scorsese acrescentou que os grandes estúdios, preferem filmes pipoca mais fáceis de comercializar e com potencial de franquia, os grandes estúdios não têm mais interesse em apoiar com grandes orçamentos “vozes individuais que expressam seus sentimentos, pensamentos ou ideias pessoais. E o que aconteceu agora é que eles chamam esses filmes de indies."
Scorsese insistiu que os filmes de super-heróis que dependem fortemente de efeitos especiais, ou o que ele chama de “conteúdo manufaturado”, não representam o cinema.
“É quase como se a IA fizesse um filme. E isso não significa que você não tenha diretores incríveis e pessoas de efeitos especiais fazendo belas obras de arte. Mas o que isso significa? O que esses filmes fazem, o que eles te dão? É uma espécie de consumação de alguma coisa que sua mente e seu corpo vão eliminar depois. Então, o que isso está lhe dando?" Scorsese disse na entrevista à revista.
Imagem: Apple TV/Divulgação